Foto de Nat Marques tomando café. Em frente à foto, em letras brancas: uma nova era começa.
BLOG

Um novo (velho) conteúdo

Faz quase um mês que crio diversos rascunhos de artigos aqui no blog, mas não finalizo ou publico nenhum. Podia falar sobre falta de tempo, mas se organizar direitinho, eu teria tempo, sim. Melhor que falta de tempo, aproveitamento do tempo é a expressão correta. Venho trabalhado bastante – dinheiro entrando é sempre bom – e os projetos que ainda não me dão dinheiro, o lançamento do livro “Os Ares de Luisa” e o Que tal um café?, estão me tomando o restante do tempo que eu separo para o meu computador.

Separar tempo para o computador… Às vezes me recordo lá do início dos anos 2000, quando nós usávamos o computador para o lazer. “Mãe, vou largar os livros e cadernos, sair da frente da TV, e vou jogar Neopets enquanto converso com as minhas amigas pelo MSN”. Quem lembra?

A inversão de papéis que tivemos em 20 anos foi gigantesca. Hoje temos que largar a tela do computador para poder viver nosso tempo de lazer. Às vezes em frente à tela da televisão, às vezes fora de tela alguma (talvez com um livro ou caderno). Normalmente penso nisso quando estou longe do notebook pensando “podia estar escrevendo um artigo pro blog”.

Conversando com o meu melhor amigo, Elisei, sobre o algoritmo das redes me percebi refém. Criando conteúdo sou refém dos algoritmos. É uma situação difícil de se descobrir, porque eu adoro criar conteúdos, mas será que eu estou criando a quantidade e até mesmo o tipo de conteúdo que eu quero? Em que ponto deixei que a tecnologia dominasse essa área tão gostosa que é a criação? Escrevi sobre isso no Que tal um café? também, porque percebi que lá eu me distanciei bastante da ideia inicial.

Até o lançamento do livro, em Setembro, aceitei que terei que continuar refém dos algoritmos: preciso alcançar o maior número de pessoas possível que estejam afim de ler meu romance. Mas depois já decidi que a minha criação vai voltar a ser orgânica e não “algoritmica”. Claro, organização é essencial. Adoro postar dois vídeos por semana, por exemplo, porque isso me dá certa organização – virginiana com ascendente em virgem aqui, né pessu? -, mas f***-se os números que a tecnologia me diz.

O Lucas, do bota na rua, sempre falou dos 1000 fãs verdadeiros e eu achava que eu entendia… Entendia coisa nenhuma! Agora acho que eu entendo. Não adianta eu ter 2000, 5000, 10000 pessoas acompanhando meus conteúdos (porque o algoritmo mostrou algo mecânico para elas), sendo que elas não me conhecem de verdade (o conteúdo orgânico e gostoso de criar).

Eu quero meus 1000 fãs verdadeiros (pode ser 20, 50, 100, não precisa ser 1000, é um número muito grande). Quero que as pessoas me acompanham entendam que eu não sou um número ou uma máquina, que consegue aparecer todos os dias, marcando presença. Aliás, não quero marcar presença, quero fazer diferença no dia das pessoas e existem grandes diferenças nesses dois tipos de conteúdo.

A leitura de algumas newsletters no último mês também me despertaram essa reflexão e são ótimas newslleters, que já acompanho há mais de um ano, vou deixá-las indicadas aqui, caso você também queira acompanhar: Bits do Brands; MargeM e [Read] [Rec] [Play].

É postando esse artigo sem qualquer estratégia, SEO ou constância que eu começo essa era orgânica e espero que vocês curtam acompanhar, porque, vai por mim, vai ser super acolhedor, como um café da tarde.

E você pode me acompanhar em outras redes, além do blog ou do Youtube, como o Instagram e o Pinterest, que a era orgânica e café da tarde logo vai começar por lá também.

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