Foto de Natália com 11 anos no parapeito de uma janela, olhando para cima. Natália está usando uma blusa de frio listrada, colorida.
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Nostalgia no início do ano, isso é possível?

Talvez influenciada pelo novo filme da franquia Jogos Vorazes que estreará em novembro de 2023, A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes, que é aliás o filme mais esperado do ano para mim, me encontro em um início de ano cheio de nostalgia. Talvez seja também pelos diversos números musicais compartilhados em uma certa trend do Twitter, músicas e coreografias que sei decor, guardadas em algum lugar aqui do meu coração e do meu corpo, provando que memória corporal existe, sim.

Conversando com a minha amiga, Juliana Mazza, percebemos como o tempo passou rápido para nós. Há 17 anos atrás ela levava para a escola o novo CD que tinha ganhado: a trilha sonora de High School Musical, o novo lançamento da Disney Channel. Lembro que naquela época eu não tinha a Disney Channel na TV, eu não tinha TV a cabo, então ia na casa dela para assistir esses novos lançamentos que (quem concorda, respira) foram a Época de Ouro da Disney.

Nesta primeira semana de 2023, em que as demandas de trabalho estão mais tranquilas e estou conseguindo viver lentamente, me deu muita saudade de como era a minha rotina há 10-15 anos atrás. Acreditem, eu vivi numa época em que o Whatsapp não existia e, consequentemente, o imediatismo trazido por ele também não. Eu não fazia ideia de quando meus amigos estavam online ou não, só se eu também estivesse no MSN ou se eu mandasse um SMS e eles respondessem. E olhe lá, se tivesse crédito pra mandar SMS.

Outra coisa que não existia nessa época era o Uber e isso (em conjunto com a minha menoridade) fazia meu mundo ser bem menor: eu só ia sozinha onde meus pés, ou no máximo, um ônibus me levava. Pegar metrô? Só acompanhada de alguém mais velho e responsável. Isso limitava as minhas possibilidades geograficamente, aumentando meu uso de criatividade do que podia fazer naqueles poucos quilômetros disponíveis para mim.

Hoje, vivendo em Buenos Aires, noto que é maravilhoso mudar de lugar, mas que é mais maravilhoso ainda quando percebemos esse lugar (ou qualquer lugar) como um pequeno mar de possibilidades. A cidade de São Paulo tem quase 8 vezes o tamanho da cidade de Buenos Aires, ou seja, meus quilômetros diminuíram e minha criatividade aumentou, assim como há 10 anos atrás.

Essa nostalgia também está ligada aos estudos: eu sempre amei estudar. Fazer resumos para as provas era uma grande diversão para mim e, em 2022, deixei os estudos de lado. Terminei um curso, em janeiro, e depois nada mais, nem um daqueles mini cursos dados por gurus da internet eu fiz. Que saudade que eu estou de estudar!!! Por isso, guiada por esse sentimento nostálgico, comecei a pensar em pós-graduação e estou fazendo planos para isso, talvez não dê esse ano ainda, mas 2024 tá logo ali, né? Faltam só 11 meses e meio.

Perder o Tik Tok no fim do ano passado foi uma verdadeira dádiva: quanto mais redes sociais, menos Natália. Percebi isso da forma mais difícil, tendo que me perder para me encontrar. Olhando meus vídeos de 2020 e minhas postagens de 2019 e 2020 percebi que não estava sendo mais a Natália que gostaria nas redes, eu tinha virado um personagem, moldado pelo algoritmo.

Credo.

Em 2023, quero reviver essa Natália de 2019, e vou ainda mais longe, trazer de volta a Natália de 2016, 2012 e, por que não, até mesmo a de 2006, o ano de High School Musical. E aí, estamos juntos nessa?

PS.: A foto deste artigo foi tirada entre 2008 e 2010, em uma das tardes que estava na casa da Ju. A fotógrafa e editora da foto é a Ju e guardo ela até hoje com muito carinho nos meus arquivos digitais.

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