Adeus ano velho, obrigada
Por um breve período de tempo as palavras sumiram da minha cabeça, dos meus dedos e do meu coração. Como uma escritora sobrevive sem palavras? Será que mesmo exaurida delas continuo escritora? O esgotamento está assolando a criatividade dos artistas e essa não é uma distopia, apesar de que, em um passado próximo, um tal de George ter escrito algo muito parecido.
Um mundo onde o excesso de informação te deixa sem informação e o excesso de estímulo te desestimula. Um mundo contraditório de todas as maneiras.
Felizmente esse ano não me senti uma contradição. Me priorizei, me amei e vivi. Vi sonhos se tornando realidade e momentos sendo eternizados como um filme na minha mente, daqueles que poderei contar aos meus netos e bisnetos enquanto comemos bolinho de chuva numa tarde de julho.
Tiro alguns dias para me recuperar, fisicamente e emocionalmente. Me afasto do social abrangente e foco nas conversas pessoais, mesmo que digitais, mas que estão cheias da familiaridade e do carinho, que rolar um feed de rede social não pode trazer.
Será que me encontro mesmo esgotada de palavras ou elas estão em processo de (trans)formação? A segunda opção me deixa mais satisfeita e feliz e é o que aprendi a priorizar esse ano: minha satisfação e felicidade, por isso escolho a segunda possibilidade.
Meus planos de reconexão com a Nat criativa de alguns anos atrás continuam e parecem estar indo muito bem, obrigada. Você já se reconectou com seu eu criativo prematuro? Ele era inocente e autêntico e não criado ou influenciado por tudo. Tente também.
Quero finalizar o ano e o último blog post de 2022 agradecendo. A Deus, ao universo, à minha família, de sangue e de coração, a todos que puderam viver tanto a criação como as pausas comigo. Quero agradecer a você também, leitor e amigo, aqui do blog e das minhas obras. 2023 trará muitas palavras, esteja pronto para lê-las.