Audiodescrição resumida: ao fundo, foto de duas mãos mexendo em um notebook preto. Ao lado do notebook, cadernos marrons. Em letras brancas, em cima da foto, vivendo de freelas.
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Trabalho freelancer: é possível sobreviver disso?

A pandemia nos mostrou que trabalhar remotamente é uma realidade incrivelmente possível. Para você que não se encaixa no estilo CLT, 8 horas de trabalho por dia, rotina sempre igual, chefes atrapalhando seu planejamento diário, o trabalho freelancer pode ser uma boa alternativa. Eu já estou há pouco mais de um ano trabalhando como freelancer e digo que, se você tiver determinação e organização, é possível ganhar o mesmo e até mais do que em um emprego formal.

O que é o trabalho freelancer?

Freelancer é o profissional autônomo que se autoemprega em diferentes empresas ou projetos, vendendo serviços, captando e atendendo seus clientes de maneira independente.

Ou seja, ser freelancer é ter a autonômia de trabalhar no projeto que você quiser, com os clientes que você quiser, quando e de onde quiser. Claro que vão existir projetos que exigem uma maior demanda de trabalho e atenção, mas você pode balancear com outros trabalhos que exigem menos de você.

Qualquer um pode se tornar freelancer?

Sim, qualquer pessoa pode ser autônomo e trabalhar como freela, se couber à sua profissão ou à profissão que você quer seguir – muitas pessoas escolhem a vida de freelancer para mudar de área.

Dito isso, é importante que você seja um profissional de qualidade e com os devidos conhecimentos e experiências. Dependendo da área, como a que eu trabalho, de redação, a concorrência é grande e você deverá se destacar de alguma forma para conseguir uma maior gama de clientes.

Como conseguir clientes?

Existem algumas formas de conseguir clientes, desde as pessoas físicas que podem te contratar, como também empresas. Uma delas é por meio de sites e aplicativos para freelancers, como o Get Ninjas, o 99 freelas e o Workana. Foi assim que consegui meus primeiros clientes, alguns que permanecem fiéis até hoje – outra coisa muito importante para quem quer sobreviver de freelas, a fidelização. Existem vagas que são postadas em sites como LinkedIn para freelancers, mas não costuma ser o lugar mais indicado para achar clientes ou jobs.

Outra maneira é por indicação. Provavelmente você já participou dessa conversa “nossa, eu precisava de um fotógrafo para um evento nesse fim de semana”, “meu amigo é fotógrafo, posso passar o contato”.  Agora, o mais legal é quando você é esse amigo que é indicado.

“Mas eu não sei como falar para as pessoas que agora eu sou freelancer”. Se ninguém souber o que você faz, nunca vão te contratar. Deixar claro para as pessoas à sua volta, amigos e conhecidos, os serviços que você presta pode ser de muita ajuda quando alguém estiver procurando exatamente o que você faz.

Claro que se você divulgar nas suas redes sociais, movimentar uma rede levando ao seu contato, ter uma newsletter, tudo pode ficar mais fácil e novas oportunidades podem surgir – vejo isso pelo meu Instagram e pelo Youtube, que atualmente estão começando a dar um retorno de prestação de serviços e, consequentemente, financeiro, mesmo que eu ainda não monetize nenhuma das duas redes.

Organização, Paciência e Constância

Demora. Demora até você conseguir uma gama de clientes fiéis que te paguem em dia, não peçam desconto e valorizem o seu trabalho. Vamos dizer que você tem que ter pelo menos seis meses de muita paciência – e de reserva de emergência. Mas hoje, depois de um ano, digo para vocês que essa paciência vale a pena.

Hoje ganho um pouco mais do que ganhava em meu emprego formal, CLT, sendo que trabalho de onde quero – tenho liberdade geográfica – e trabalho com o que eu gosto. Também tenho mais tempo para meus projetos pessoais e para planejar o futuro.

É necessário muita organização para entregar tudo em seu devido prazo, fazendo o melhor que você pode para cada cliente e ainda se dedicar aos projetos pessoais, mas é possível aprender a ser organizado.

Dou algumas dicas para quem quer se tornar um profissional autônomo, freelancer, aqui nessa playlist do Youtube! Vale super a pena fazer um Natflix! E se quiser acompanhar mais da minha rotina, não deixe de me seguir no Instagram!


Nat Marques é roteirista, formada em Cinema na Fundação Armando Álvares Penteado. Trabalhou de 2016 a 2020 com acessibilidade na comunicação. Em 2019, o curta “O Bosque”, o qual roteirizou e dirigiu, foi selecionado para o Festival Internacional de Cinema de Itabaiana/SE. Em 2020, recebeu menção honrosa no concurso O Legado de Edgar Allan Poe por seu conto “Estrela da Manhã” e, no mesmo ano, foi vencedora do concurso Novos Roteiros Originais, da Organização de Estados Ibero-americanos, na categoria roteiros de série, por seu roteiro “Em Reforma”. Atualmente, trabalha com mentoria de roteiros audiovisuais e narrativas literárias, roteirização para eventos e criação de conteúdo.

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